11/03/2008 14h08 - Atualizado em 23/09/2015 13h19

Uso de agrotóxicos na alimentação é debatido no CRHA

Profissionais de saúde, estudantes e usuários do Centro de Referência em Homeopatia e Acupuntura (CRHA) participaram de uma palestra sobre agrotóxicos na alimentação, realizada na tarde desta terça-feira (11). A exposição faz parte do ciclo de palestras “Uma visão Ampliada de Saúde”, que acontece uma vez por mês, no CRE Metropolitano, em Cariacica.

O engenheiro agrônomo Pedro Faé foi o responsável pela apresentação, que teve como tema “A Influência do Agrotóxico na Alimentação”. Os problemas de saúde foram muito discutidos durante o evento. Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), 15% das doenças profissionais são causadas por exposição a agrotóxicos. “Existe uma facilidade de comprar os produtos. E muitas vezes os produtores não sabem como usá-los”, explica o engenheiro agrônomo. São 20 mil vítimas fatais todos os anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Além dos agrotóxicos, um outro problema que pode causar danos à saúde são os hormônios, muito utilizados em peixes, bois e frangos para ajudá-los a crescer. “Eles estimulam a divisão celular descontrolada. E esses alimentos chegam à mesa da população”, diz Pedro Faé.

A exposição excessiva aos agrotóxicos e hormônios pode causar sérios problemas de saúde. Entre os agravos relacionados à intoxicação estão cânceres, Mal de Parkinson e doenças mentais. Além disso, pode causar deformidades nos fetos e até o aborto do bebê. “A conseqüência disso nós vemos nos consultórios médicos. O índice de câncer está crescendo a cada ano”, ressaltou o engenheiro.



A dica de Pedro Faé é continuar buscando uma vida mais saudável. “Podemos comprar alimentos sem agrotóxicos ou hormônios. Temos de ficar atentos. Existe uma onda forte de consumo de produtos que não são saudáveis. Nós temos que continuar remando contra”.

De acordo com Pedro Faé, já existem estudos sobre o uso de medicamentos homeopáticos na agricultura, no lugar de agrotóxicos. Essa técnica ajuda a produzir alimentos saudáveis, respeitando a biodiversidade. “Mas a produção desse tipo de remédio ainda é pequena e não dá para enfrentar os agrotóxicos, que são produzidos em grande escala”, conta.

Ele explica que é importante buscar sempre os alimentos que precisam de pouco ou nenhum agrotóxico para ser produzidos. “Devemos prestar atenção à origem dos alimentos, à geografia do local, quem é o produtor e aos aspectos físicos. Além disso, o melhor é buscar produtos regionais e da época”.

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