27/03/2014 11h58 - Atualizado em 23/09/2015 13h40

Vacinação contra HPV é defendida em curso da Sociedade Brasileira de Imunizações

Profissionais envolvidos em programas públicos e privados de imunizações estão reunidos nesta quinta-feira (27), no Sheraton Vitória Hotel, Praia do Canto, para se atualizarem sobre as recentes alterações nos calendários de vacinação, transporte e técnicas de imunização. Um dos temas abordados foi sobre a eficácia, segurança e importância da vacina contra HPV para a saúde da população. O curso foi promovido pela Sociedade Brasileira de Imunizações e técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) participam.

A coordenadora do Programa de Imunizações da Sesa, Danielle Grillo, considerou o tema oportuno e destacou que a palestra proferida pela pediatra Isabella Ballalai, do Rio de Janeiro, reforçou a importância da vacinação na redução dos casos de infecção pelo HPV, citando países como Austrália e Estados Unidos, onde a imunização já acontece.

“A vacina que está sendo aplicada protege contra quatro tipos de vírus do HPV. Dois deles são responsáveis por verrugas genitais e os outros dois estão relacionados com o aparecimento de 70% dos casos de câncer de colo de útero. A vacinação é importante porque reduz os casos de infecção e, no futuro, terá impacto na diminuição dos casos de câncer”, ressaltou Danielle.

Vacinação

No Espírito Santo, segundo a coordenadora, tem havido boa adesão dos pais à estratégia de vacinação. Já foram vacinadas 47,5 mil meninas, o que representa mais de 50% das 91,8 mil meninas de 11 a 13 anos previstas para serem contempladas até o dia 10 de abril. A média supera a nacional, que é de 37%.

Fique por dentro

HPV – O HPV pode acometer tanto mulheres quanto homens, contribuindo para o surgimento de câncer de vagina, ânus, vulva, pênis, além de causar verrugas genitais.

Proteção – A vacinação das adolescentes antes do início da vida sexual tem melhor resposta na proteção e ajuda a quebrar a cadeia de transmissão, já que aproximadamente 95% dos casos da doença são transmitidos por esse meio. Portanto, a ação terá impacto na redução de lesões em ambos os sexos.

Ação – Seguindo o que propôs o MS, a ação está sendo feita em escolas (públicas e particulares) onde estudam meninas na faixa etária especificada como forma de melhor abranger o público-alvo. As unidades de saúde municipais terão um papel de retaguarda para quem, por algum motivo, não pôde receber a dose no colégio.

Doses – Ao todo, cada adolescente receberá três doses: a segunda deve ser aplicada seis meses depois da primeira e a terceira cinco anos após a dose inicial. Em 2015, a faixa etária visada será a de 09 a 11 anos e, a partir de 2016, as pré-adolescentes com 09 anos passarão a ser beneficiadas.

Exame preventivo – Vale lembrar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção, mas não substitui o rastreamento do câncer feito por meio do exame preventivo. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, é importante usar o preservativo.

Contraindicações – Gestantes, pessoas que apresentam hipersensibilidade a algum componente da vacina, com história de hipersensibilidade imediata grave à levedura e quem já apresentou reação grave à dose anterior da vacina contra o HPV adquirida na rede particular.

Meta – imunizar pelo menos 80% das 91,8 mil adolescentes capixabas, o que representa 73,4 mil meninas.

Informações à Imprensa:
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Texto: Maria Angela Siqueira
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