19/09/2008 14h19 - Atualizado em 23/09/2015 13h21

Vigilância Ambiental da Sesa promove curso básico sobre malacologia

O Núcleo de Vigilância Ambiental (NVA) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai promover, desta segunda (22), até sexta-feira (26), o Curso Básico de Malacologia, ciência que estuda os moluscos. O treinamento será no Hotel Eco da Floresta, em Domingos Martins, com atividades que vão das 8 às 18 horas.

A reunião tem o objetivo de capacitar 20 técnicos de 11 municípios do Estado para executar ações básicas de malacologia. As ações visam à atualização do tema e a promoção de estudo de novos focos para controle da transmissão da esquistossomose. No conteúdo do curso, será intensificada a orientação quanto às técnicas de coleta e armazenamento do molusco para estudos laboratoriais.

Os municípios participantes do curso são: Itapemirim, Vargem Alta, Santa Maria de Jetibá, Conceição de Castelo, Laranja da Terra, Alfredo Chaves, Castelo, Serra, Guarapari, Irupi e Mantenópolis. Os alunos serão instruídos pelos técnicos Agnes Lima Rodrigues, Izaías Albino da Rocha e Mauro César Louzada – todos do Núcleo de Entomologia e Malacologia do NVA.

A esquistossomose tem como hospedeiros intermediários caramujos aquáticos, onde se desenvolve parte do ciclo do parasita. Esses hospedeiros são os objetos do estudo da malacologia, pois a identificação dos caramujos e o mapeamento das áreas de risco são indispensáveis para a correta intervenção no controle da doença.

De acordo com a coordenadora do Programa da Vigilância e Controle da Esquistossomose, Agnes Lima Rodrigues, a importância do curso está relacionada à presença da esquistossomose no Espírito Santo. “Ao todo, 43 cidades capixabas têm o foco da doença, o que torna o Estado uma região endêmica”.

A média anual de prevalência na população capixaba examinada em inquéritos coproscópicos (ou exame de fezes) é de 5%. “O município que realiza ação correta de controle evita uma maior transmissão da doença”, completou Agnes.

No Estado, o NVA tem intensificado estudos de três espécies de moluscos, todas pertencentes ao gênero Biomphalaria, que se constituem nos hospedeiros intermediários encontrados naturalmente infectados pelo Schistosoma mansoni: B. glabrata, B. tenagophila e B. straminea.

Esquistossomose

É uma doença causada pelo Schistosoma mansoni, parasita que tem no homem seu hospedeiro definitivo, mas que necessita de caramujos encontrados em pequenas coleções de água doce como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo.

A transmissão do parasita se dá pela liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas que morrem se não encontrarem os caramujos para se alojar. Se os encontram, porém, dão continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e posteriormente os homens penetrando em sua pele ou mucosas.

Sintomas

A doença tem uma fase aguda e outra crônica. Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarréia, enjôos, vômitos e emagrecimento.

Na fase crônica, geralmente assintomática, episódios de diarréia podem alternar-se com períodos de obstipação (prisão de ventre) e a doença pode evoluir para um quadro mais grave com aumento do fígado (hepatomegalia) e cirrose, aumento do baço (esplenomegalia), hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago, e ascite ou barriga d’água, isto é, o abdômen fica dilatado e proeminente, porque escapa plasma do sangue.

O tratamento é simples e é oferecido gratuitamente nos postos de saúde municipais.

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Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Syria Luppi
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