12/09/2007 17h02 - Atualizado em 23/09/2015 10h01

Vigilância Ambiental da Sesa promove curso de avaliação da qualidade da água em setembro

Será realizado, entre os dias 17 e 21 de setembro, no Hotel Praia Sol, em Nova Almeida, o Curso de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. Ao todo, 40 vagas serão disponibilizadas, para o evento, pelo Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Segundo a coordenadora estadual do Vigiagua, Virgínia Venturim Silva, o objetivo do evento é elaborar uma estratégia técnica e política para implementar as atividades de vigilância da qualidade da água para o consumo a partir da análise do risco representado pelo seu abastecimento. É importante que sejam implantadas ações que possam melhorar as condições sanitárias da água para evitar a disseminação de doenças, esclarece ela.

Durante o curso, será dada atenção especial aos técnicos da área, efetivos ou de nível superior, que ainda não foram capacitados pelo programa. Virgínia Venturim Silva explica que a alta rotatividade destes profissionais foi o fator que levou à organização do encontro, programado para acontecer desde o ano passado. Aqueles que ainda não foram capacitados terão preferência para ocupar as vagas, pois “a pessoa tem que se atualizar e se interar do programa”, diz a coordenadora.

O Vigiagua

O Vigiagua é um projeto amplo, que atinge todos os municípios do Espírito Santo. Cada cidade dispõe de um técnico que é a referência local do programa. Todos os meses eles são responsáveis por fazer a coleta da água fornecida pelo sistema de abastecimento da região e enviar para o Laboratório Central (LACEN), onde é feita a análise do líquido. A quantidade de amostra varia de acordo com a localidade e são avaliados aspectos que levam em consideração o nível de cloro, a turbidez (relativo à transparência do líquido) e os coliformes totais.

As fontes alternativas de água, tais como poços artesianos e comuns (de quintal), também são analisadas pelos técnicos municipais. Moradores que não recebem água encanada devem cadastrar as residências para que os profissionais possam orientar sobre os cuidados.

Assim que os dados são coletados, eles são transferidos para o computador, onde integram o Sistema de Informação da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) e ficam à disposição dos técnicos do Ministério da Saúde (MS). As informações colhidas servem como referência de consulta para o Vigiagua.

Os municípios com mais de 100 mil habitantes, além de alimentar o Sisagua com as informações colhidas normalmente, também devem fazer dois relatórios a cada semestre para enviar ao Vigiagua. Cada cidade tem uma meta a cumprir e os relatórios são encaminhados ao MS.

De acordo com Virgília Venturim Silva, é imprescindível que o líquido ingerido pelos consumidores esteja limpo e livre de doenças, entre as quais as mais comuns são febre tifóide, hepatite A, cólera e verminoses. No entanto, há uma preocupação em vigiar o teor de contaminação química do líquido, que muitas vezes contém agrotóxicos.

O Vigiagua faz parte do Núcleo de Fatores não Biológico da Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde e o curso foi viabilizado com o repasse de recursos do Fundo Nacional de Saúde. As palestras ficarão a cargo de duas colaboradoras do MS, Julce da Silva e Denise Formaggia.

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