10/08/2009 12h46 - Atualizado em 23/09/2015 13h25

Vigilância Sanitária da Sesa promove curso para monitoramento de medicamentos controlados

O Brasil está entre os países que mais consomem medicamentos de venda restrita, fato que representa risco à saúde pública. Por este motivo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferece, nesta terça (11) e quarta-feira (12), no Centro de Convenções de Vila Velha, uma capacitação sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), com o objetivo de aumentar o monitoramento sobre o fornecimento destes tipos de remédios.

Produtos controlados, explica a farmacêutica da Vigilância Sanitária Estadual, Maria Iracy Nicoli, são medicamentos que só podem ser fornecidos pelas farmácias, drogarias e instituições de saúde em geral, mediante apresentação de prescrição médica, como remédios de tarja preta ou vermelha (psicotrópicos, anabolizantes e derivados de anfetamínicos, por exemplo).

“O problema é que o consumo exagerado desses produtos, seja por quem precisa ou por quem não precisa, pode trazer danos à saúde. O diferencial destes medicamentos para os demais é que os controlados são viciogênicos (têm grau de dependência acentuado) e podem causar dependência química, psíquica ou até mesmo as duas”, detalha a farmacêutica.

O SNGPC


Cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – órgão do Ministério da Saúde (MS) – por meio das Vigilâncias Sanitárias dos Estados e municípios, fazer o monitoramento do consumo dos produtos controlados.

Por isso, em 2007, a Anvisa aprimorou este controle – anteriormente manuscrito e moroso – ao criar o SNGPC, uma ferramenta totalmente informatizada que permite monitorar o consumo dos produtos controlados em tempo real em todo o território brasileiro.

É obrigatório que este sistema seja implantado em todas as farmácias e drogarias do País que vendam remédios controlados, para que a Anvisa tenha conhecimento sobre a comercialização destes medicamentos em forma industrial e de seus insumos (usados nas manipulações). “O sistema informatizado foi criado para melhor controlar o consumo destes tipos de medicamentos”, afirma Iracy.

O curso


O curso promovido pela Sesa reunirá gestores estaduais, municipais e profissionais da área farmacêutica do Espírito Santo para atualizá-los na operação desta ferramenta, lançada há pouco tempo e, portanto, que ainda passa por aperfeiçoamentos técnicos. As aulas serão ministradas por representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A intenção do órgão é expandir o monitoramento para as fabricantes, distribuidoras e farmácias hospitalares destes remédios, englobando toda a cadeia de produção. Como resultado, espera-se que os dados sirvam de subsídio para a elaboração de uma política de saúde pública voltada à área.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard